domingo, 13 de dezembro de 2009

SEM-TERRA





A palavra é datada de1970.



Tem as seguintes acepções como substantivo de dois gêneros e dois números e apositivo:


Inicialmente, traz uma marca de Regionalismo brasileiro, isto é, sem-terra é relativo a ou indivíduo, esp. camponês ou trabalhador rural, que não tem a posse legal da terra em que vive e trabalha ou que, por não possuir terra, serve de mão-de-obra agrícola (ger. temporária)


Sua etimologia é muito interessante: vem de sua forma forma histórica: XIV João-Sem-Terra (epíteto), c1970 sem-terra B 'trabalhador rural'




A wikipédia traz estas informações sobre João-Sem-Terra:


João I de Inglaterra ou João Sem Terra (Lackland em inglês; Oxford, 24 de Dezembro de 1166 - Castelo de Newark, Nottinghamshire, 18 de Outubro de 1216) foi Rei de Inglaterra, Duque da Normandia e Duque da Aquitânia de 1199 a 1216. Quinto filho de Henrique II, não herdou nenhuma terra quando da morte de seu pai, fato que lhe deu o seu cognome. Passou à História como o rei que assinou a Magna Carta, considerado o início da monarquia constitucional em Inglaterra.
Era o mais novo entre os cinco filhos do rei
Henrique II de Inglaterra e Leonor da Aquitânia e não se esperava que sucedesse ao trono. Foi, no entanto, o único dos filhos legítimos de Henrique II que não se revoltou contra o poder do pai. Talvez, como compensação, João foi nomeado Senhor da Irlanda em 1185. O seu governo foi desastroso e foi obrigado a abandonar o território poucos meses depois. Em 1188, Henrique tentou tornar João Duque da Aquitânia, em substituição de Ricardo Coração de Leão, que considerava de pouca confiança. O resultado foi catastrófico para Henrique II, que morreu durante a expedição punitiva organizada contra Ricardo.
Ricardo ascendeu ao trono e, antes de partir para a
Terra Santa, nomeou como seu sucessor e herdeiro da coroa o sobrinho Artur. Entre 1189 e 1194, João foi a figura mais importante de Inglaterra durante a ausência de Ricardo, primeiro em cruzada, depois no cativeiro na Alemanha. João insurgiu-se contra Ricardo e, aliando-se de novo ao rei da França, apoderou-se da alta Normandia e da Touraine. Foi a si que coube a tarefa de reunir os 150,000 marcos necessários para pagar o resgate de Ricardo a Henrique VI, Imperador do Sacro Império. Esta soma representava na altura uma verdadeira fortuna que obrigou à imposição de impostos especiais e deixou Inglaterra na bancarrota. Talvez devido a isto, João não foi um regente popular e é freqüentemente retratado como vilão em histórias como Ivanhoé ou nas lendas de Robin Hood. Ricardo, em seu regresso, concedeu-lhe o perdão e, pouco antes de morrer, proclamou-o herdeiro do trono.
[

João Sem Terra.


João sucedeu na coroa de Inglaterra em 1199, depois da morte de Ricardo Coração de Leão numa batalha em França. Repudiou então a esposa Isabel de Gloucester e contraiu matrimônio com Isabel de Augoulême. João, entretanto, não foi aceito logo por todos os seus súditos. Na Normandia, os nobres preferiram a pretensão de Artur I, Duque da Bretanha, o seu sobrinho de doze anos.
Para resolver o problema, João invadiu o
Ducado da Bretanha em 1202 e Artur I apelou para a ajuda do rei Filipe II de França e declarou-se seu vassalo. Artur foi capturado, e possivelmente assassinado, no ano seguinte, mas já era tarde demais para impedir a intervenção dos franceses. Foi denunciado por Filipe II Augusto perante a Corte dos pares por ter raptado Isabel de Angoulême. Em 1204, Filipe II invadiu e conquistou a Normandia e o Condado de Anjou. Os aliados de João Sem Terra, entre os quais o imperador germânico Oto IV, foram batidos em Bouvines (1214), sendo ele mesmo vencido em Roche-aux-Moines. João nunca conseguiu recuperar estes territórios e as possessões inglesas no continente limitaram-se a partir de então ao Ducado da Aquitânia.
Enquanto rei, João procurou reorganizar as finanças do seu país, debilitadas depois do resgate pago pela libertação de Ricardo. Uma das medidas que tomou foi instituir um novo imposto sobre os
nobres que falhavam na sua obrigação de fornecer soldados e material militar à coroa. Além disso, João acabara de perder territórios para França e interferiu na escolha do Arcebispo da Cantuária, não aceitando o candidato do Papa Inocêncio III, o que lhe valeu o desagrado do Sumo Pontífice e sua excomunhão em 1211. O rei respondeu com o confisco dos bens eclesiásticos. Os nobres viram esta repreensão da Igreja como um incentivo à revolta e em breve o país encontrava-se em estado de quase guerra civil. Para não perder o valioso apoio de Roma, no entanto, o monarca, em 1213, submeteu-se ao papa e enfeudou seus reinos à Santa Sé.
[
editar] Fracasso na França e rebelião dos barões na Inglaterra

João sem Terra assina a Magna Carta.

Depois de fracassar na tentativa de recuperar seus domínios na França, regressou à Inglaterra. Ali enfrentou a rebelião dos barões, os quais obrigaram-no, perto de Londres em em 15 de Junho de 1215, a assinar, outorgar e jurar a Magna Carta (ou Carta Magna) aos barões e à burguesia, insatisfeitos com sua política. A Magna Carta, que que limitou o poder monárquico, era um tratado de direitos, mas principalmente deveres, do rei para com os seus súditos. Considera-se que este tratado marca o início da monarquia constitucional em Inglaterra.
João pediu ajuda ao papa, que o eximiu do juramento. O rei passou a ignorar todos os pontos do documento. Em 1216, muitos barões descontentes com o péssimo reinado de João Sem Terra, apoiaram a invasão da Inglaterra pelos franceses liderados pelo príncipe
Luis VIII de França e ofereceram o trono a este. Ele foi proclamado "Rei de Inglaterra" em maio desse ano mas nunca foi coroado. Luis aceitou o cargo com grande pompa e celebração na Catedral de St. Paul, em Londres onde muitos nobres incluindo o próprio Rei Alexandre da Escócia (1214-1249) estavam presentes e juraram-lhe vassalagem. Porém havia ainda um pequeno foco de resistência a ele e após um ano e meio de guerra, a maioria dos barões rebeldes foi derrotada e Luis teve que desistir do trono da Inglaterra ao assinar, em 1217, o Tratado de Lambert. Nele, Luis concordava que ele nunca fora um legítimo Rei de Inglaterra. A morte de João Sem Terra e o apoio para o jovem Henrique III acabaria por apressar esses fatos.
João sem Terra morreu em
Newark, Inglaterra, em 18 de outubro de 1216, possivelmente envenenado por um abade irritado por ele ter tentado seduzir uma freira e encontra-se sepultado na catedral de Worcester. Subiu ao trono seu filho Henrique III.



O que diz a wikipédia sobre o sem-terra, palavra de nosso interesse imediato aqui neste blog:


Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é um movimento social brasileiro de inspiração marxista, cujo objetivo é a realização da reforma agrária no Brasil.
O MST teve origem na
década de 1970. Defendem eles que a expansão da fronteira agrícola, os megaprojetos, dos quais as barragens são o exemplo típico - e a mecanização da agricultura contribuíram para eliminar as pequenas e médias lavouras e concentrar a propriedade da terra.
Paralelamente, o modelo de reforma agrária adotado pelo
regime militar priorizava a "colonização" de terras devolutas em regiões remotas, tais como as áreas ao longo da rodovia Transamazônica, com objetivo de "exportar excedentes populacionais" e favorecer a integração do território, considerada estratégica. Esse modelo de colonização revelou-se, no entender do movimento, inadequado e eventualmente catastrófico para centenas de famílias, que acabaram abandonadas, isoladas em um ambiente inóspito, condenadas a cultivar terras que se revelaram impróprias ao uso agrícola.
Nessa época, intensificou-se o
êxodo rural, com a migração de mais de 30 milhões de camponeses para as cidades, atraídos pelo desenvolvimento urbano e industrial, durante o chamado "milagre brasileiro". Grande parte deles ficou desempregada ou subempregada, sobretudo no início anos 1980, quando a economia brasileira entrou em crise. Alguns tentaram resistir na cidade e outros se mobilizaram para voltar à terra. Desta tensão, movimentos locais e regionais se desenvolveram na luta pela terra.
Em
1984, apoiados pela Comissão Pastoral da Terra, representantes dos movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores rurais e outras organizações reuniram-se em Cascavel, Paraná, no 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, para fundar o MST. [1]
Apesar de os movimentos organizados pela reforma agrária no Brasil serem relativamente recentes, remontando apenas às
ligas camponesas- associações de agricultores que existiam durante as décadas de 1950 e 1960 - o MST entende-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses entraram no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de acordo com o direito feudal português, o que excluiu em princípio grande parte da população do acesso direto à terra. Contrariamente a esse modelo concentrador da propriedade fundiária, o MST declara buscar a redistribuição das terras improdutivas.

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