Trata-se de um substantivo de dois gêneros e dois números.
Significa: indivíduo que não tem lar
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Linguísticamente, a etimologia é:
1 estudo da origem e da evolução das palavras
2 disciplina que trata da descrição de uma palavra em diferentes estados de língua anteriores por que passou, até remontar ao étimo
3 origem de um termo, quer na forma mais antiga conhecida, quer em alguma etapa de sua evolução; étimo Ex.: a e. de fidalgo é a locução filho de algo Locuçõese. popular Rubrica: lingüística.
1 fenômeno de atração paronímica, que une uma palavra a outra por semelhança fonética e alguma associação semântica, sem qualquer base no parentesco genético; contaminação, cruzamento (p.ex., porque o vagabundo "vaga pelo mundo", a etimologia popular "corrigiu" a palavra para vagamundo; a palavra portuguesa floresta vem do fr. ant. forest, hoje forêt, do b.-lat. forestis '(bosque) de fora, externo', prov. por influência do português flor)
2 modificação de uma forma lingüística segundo uma etimologia falsamente presumida
[Um caso freqüente é a interpretação errada da composição mórfica de uma palavra e segmentação injustificada etimologicamente; p.ex., o lat.cl. abbatina (vestis) 'veste própria de abade' deu, no português antigo, abatina e, no português moderno, batina, porque o a foi interpretado como o artigo definido a e foi eliminado da fala das pessoas iletradas.] falsa e. Rubrica: lingüística. etimologia construída em bases falsas, sem fundamento lingüístico, que parte da semelhança formal superficial entre duas palavras para fazer ilações sem comprovação científica
[P.ex., relacionar etimologicamente o português forró à locução inglesa for all, 'para todos', referente a pretensos bailes (abertos a todos) dados pelos norte-americanos sediados no Nordeste brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial; a palavra é, na realidade, um derivado regressivo do português forrobodó, 'baile popular', 'confusão', com abonação de 1899.]
falsa etimologia: etimologia construída em bases falsas, sem fundamento lingüístico, que parte da semelhança formal superficial entre duas palavras para fazer ilações sem comprovação científica [P.ex., relacionar etimologicamente o português forró à locução inglesa for all, 'para todos', referente a pretensos bailes (abertos a todos) dados pelos norte-americanos sediados no Nordeste brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial; a palavra é, na realidade, um derivado regressivo do português forrobodó, 'baile popular', 'confusão', com abonação de 1899.]
Etimologiagr. etumología,as 'id.', conexo com etulogéó 'analisar uma palavra e encontrar a sua origem', pelo lat. etymologìa,ae 'id.'; ver étimo e -logia; f.hist. sXIV Etimollisyas, sXV ethemologia, sXV ethemollagia
No âmbito da Lexicologia, a datação é uma indicação da data (milênio, século, meio século, quartel do século, década, lustro, e até, em casos especiais, dia/mês/ano) em que uma palavra (afixo, raiz, locução, acepção etc.) aparece pela primeira vez documentada por escrito
[A datação pode, não raro, ser aproximativa (baseada em elementos cognatos ou induzida por datação em língua afim), caso em que é provisória, para ser posteriormente antecipada, confirmada ou postergada por provas documentais.]
Sine actore non erit reus
Sem autor não haverá réu.
Sine actore non erit reus.
Sem autor, não haverá réu.
Sine Auctore Non Erit Reus
Sem autor não haverá réus.
Sine auctore non erit reus.
Sem autor não haverá réus.
Sine capite fabula
História sem pé nem cabeça.
Sine Causa
Sem ação; sem causa.
Sine causa nulla obligatio
Sem causa não há obrigação.
Sine causa.
Sem ação; sem causa.
Sine connubio
Sem conúbio.
Sine cura
Sem preocupações.
Sine dia.
Sem dia.
Sine die
Sem fixar dia certo.
Sine dolo adulterium non committitur.
Não se comete adulério sem dolo.
Sine dubio
Sem dúvida.
Sine fide
Sem fé.
Sine fine
Sem fim.
Sine gemma
sem pedra.
Sine heredis institutione nihil in testa
Sem a instituição de herdeiro, nada vale do que está escrito no testamento.
Sine ira et studio
Sem rancor nem parcialidade.
Sine ira et studio.
Sem afeição e sem ódio.
Sine iure
Sem Direito.
Sine lege
Sem lei; desordem.
Sine lure.
Sem direito.
Sine maleficio
Sem dano.
Sine nomine vulgus
Multidão anônima.
Sine pace mea
Sem minha permissão.
Sine possessione usucapio contingere non
Não pode acontecer o usucapião sem a posse.
Sine praetio nulla venditio est.
Sem preço não há venda.
Sine pretio nulla venditio est
Sem preço não há venda.
Sine quan non
Sem a qual não.
Sine scripturis valet quod actum est, si
É válido o que se contratou sem escrituras.
Sine talione
Sem castigo, sem pena.
Sine temporis praedefinitione
Sem determinação de tempo.
Sine teste
Sem testemunha.
Sinendi modo
Trata-se de um prefixo culto cuja origem é da preposição latina sine 'sem';
Sine- ocorre nos vocábulos:
sinecura, sinecurismo, sinecurista, sinecurístico, do sXIX em diante;
Sine-, pois, tem como equivalente vernacular sem-.
O recém- é um elemento de composição antepositivo, f.apoc. de recente, do lat. rècens,entis 'ocorrido há pouco'; aparece em compostos do sXIX em diante, como recém-achado, recém-nascido, recém-formado, recém-vindo, sempre ligado com hífen à pal. prefixada
Vejamos sobre o emprego do hífem em AQUÉM-:
Trata-se do prefixo do adv. aquém (ver), com alguma representação na toponímia port., está presente em alguns advérbios, às vezes substv. ou apositivamente empregados (como se fossem adj. de dois gêneros e dois números), ger. modernos e contrastantes com as f. de além- (ver): aquém-fronteira(s), aquém-mar, aquém-oceano, aquém-pireneus etc.; ver cis-
Cremos que sim.
Sobre o não-: Assim como o sem-, o não- é elemento de composição antepositivo, seguido de hífen; Gonçalves Viana (1931) só registra não-filho s.m. e não-me-deixes s.m. 'planta ornamental'; Rebelo Gonçalves (1956) registra nove voc. com essa form., todos subst. masc., o V.O. (1981) registra mais de 50 voc. com essa form., incluindo subst. masc., subst. fem. e adj.; a explosão, em port., dessa averbação é seguramente provinda da prática que está modernamente ocorrendo (depois de 1945) em fr. e ing., em que o el. non é vivido como pref. lat., sem conexão semântica e morfológica com os recursos de negação das línguas em causa; a rigor, em port., 'um tratado de não agressão com a Argentina' ou 'um tratado de não-agressão com a Argentina', 'o gênero não animado em latim arcaico' ou 'o gênero não-animado em latim arcaico' e quejandos demandam dificilmente a compactação morfológica do hífen por motivos funcionais ou semânticos; tal compactação parece mais acentuada no modelo não + subst. do que no modelo não + adj.; por outro lado, no modelo não + verbo ela praticamente inexiste; de qualquer modo, a questão parece mais estilística do que gramatical; é dentro dessa carência de delimitação que o usuário da língua port. (e seus lexicógrafos) tem que compadecer-se com sua convenção ortográfica; na prática, assim, há larga margem de decisão pessoal, de sabor especialmente estilístico, entre um objeto e um não objeto ou um não-objeto, entre uma coisa e uma não coisa ou uma não-coisa, em suma, entre um substantivo x e um não x ou um não-x; o que se diz, aí, de um subst. da língua, diz-se de todos e tb. de adj. (é um feliz achado, é um não feliz achado e é um não-feliz achado); generalize-se para com as demais partes do discurso, ver-se-á que a mentação moderna pede mesmo essa matização conceptual, que a enriquece, por certo; p.ex., entre valorização e desvalorização, há matizações semânticas exprimíveis por valorização:não valorização:não-valorização:não-desvalorização:não desvalorização:desvalorização (sem contar com usos quantificadores outros, com sem e quase - com individualidade de pal. dicionárias e assim com hífen ou sem hífen - e com palavras prefixos - sem tal individualidade - do tipo supra-, infra-, super-, infer-, mini-, midi-, maxi-, semi-, hemi-, multi-, pluri- etc.); o usuário é árbitro para fixar-se em a não desvalorização e a não-desvalorização; o lexicógrafo, porém, não se sentirá compelido a dar tratamento de verbete autônomo a cada ocorrência desse tipo.
No novo Acordo Ortográfico, há uma omissão quando ao emprego do não-, o que nos leva a postular o mesmo o caso do SEM-
O que significa comum-de-dois:
Obs.: cf. epiceno e sobrecomum Sinônimoscomo adj.: de dois gênerosGramáticapl.: comuns-de-dois
Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem:
além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras;
aquém-mar, aquém-Pirenéus;
recém-casado, recém-nascido;
sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha.
(Caso 5º da Base XV - Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares, no Acordo Ortográfico - Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008 em que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990)
O elemento de composição SEM- aparece na formação de compostos. Este elemento SEM- se origina da preposião latina sìne 'sem' - ver sine-. Nas palavras compostas, reveste as idéias de 'privação, exclusão, negação'. Vale lembrar que ocorre, sempre seguido de hífen, nuns quantos neologismos, em sua maioria, do século XIX em diante. O gramático Gonçalves Viana (1931) registra seis loc.adv. com esse elemento. O gramático Rebelo Gonçalves (1966) registra vinte e sete expressões.
O SEM- CARACTERIZA NOSSO REGIONALISMO LINGUÍSTICO
O que é o regionalismo de modo geral:
1 caráter de qualquer obra (música, literatura, teatro etc.) que se baseia em ou reflete ou expressa costumes ou tradições regionais
2 tendência a só considerar os interesses particulares da região em que se habita
3 doutrina política e social que favorece interesses regionais
Do ponto de vista linguístico, devemos entender regionalismo como: palavra ou locução (dialetismo vocabular) ou acepção (dialetismo semântico) privativa de determinada região dentro do território onde se fala a língua
Na Literatura, regionalismo é o caráter do texto literário que se baseia em costumes e tradições regionais, e que tem como uma de suas características o uso de linguagens locais Etimologiaregional + -ismo; ver 1reg-
1 caráter de qualquer obra (música, literatura, teatro etc.) que se baseia em ou reflete ou expressa costumes ou tradições regionais
2 tendência a só considerar os interesses particulares da região em que se habita
3 doutrina política e social que favorece interesses regionais
Do ponto de vista linguístico, devemos entender regionalismo como: palavra ou locução (dialetismo vocabular) ou acepção (dialetismo semântico) privativa de determinada região dentro do território onde se fala a língua
Na Literatura, regionalismo é o caráter do texto literário que se baseia em costumes e tradições regionais, e que tem como uma de suas características o uso de linguagens locais Etimologiaregional + -ismo; ver 1reg-
POR QUE ME INTERESSO EM DAR A ETIMOLOGIA DAS PALAVRAS COM SEM-
Linguísticamente, a etimologia é:
1 estudo da origem e da evolução das palavras
2 disciplina que trata da descrição de uma palavra em diferentes estados de língua anteriores por que passou, até remontar ao étimo
3 origem de um termo, quer na forma mais antiga conhecida, quer em alguma etapa de sua evolução; étimo Ex.: a e. de fidalgo é a locução filho de algo Locuçõese. popular Rubrica: lingüística.
1 fenômeno de atração paronímica, que une uma palavra a outra por semelhança fonética e alguma associação semântica, sem qualquer base no parentesco genético; contaminação, cruzamento (p.ex., porque o vagabundo "vaga pelo mundo", a etimologia popular "corrigiu" a palavra para vagamundo; a palavra portuguesa floresta vem do fr. ant. forest, hoje forêt, do b.-lat. forestis '(bosque) de fora, externo', prov. por influência do português flor)
2 modificação de uma forma lingüística segundo uma etimologia falsamente presumida
[Um caso freqüente é a interpretação errada da composição mórfica de uma palavra e segmentação injustificada etimologicamente; p.ex., o lat.cl. abbatina (vestis) 'veste própria de abade' deu, no português antigo, abatina e, no português moderno, batina, porque o a foi interpretado como o artigo definido a e foi eliminado da fala das pessoas iletradas.] falsa e. Rubrica: lingüística. etimologia construída em bases falsas, sem fundamento lingüístico, que parte da semelhança formal superficial entre duas palavras para fazer ilações sem comprovação científica
[P.ex., relacionar etimologicamente o português forró à locução inglesa for all, 'para todos', referente a pretensos bailes (abertos a todos) dados pelos norte-americanos sediados no Nordeste brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial; a palavra é, na realidade, um derivado regressivo do português forrobodó, 'baile popular', 'confusão', com abonação de 1899.]
falsa etimologia: etimologia construída em bases falsas, sem fundamento lingüístico, que parte da semelhança formal superficial entre duas palavras para fazer ilações sem comprovação científica [P.ex., relacionar etimologicamente o português forró à locução inglesa for all, 'para todos', referente a pretensos bailes (abertos a todos) dados pelos norte-americanos sediados no Nordeste brasileiro durante a Segunda Guerra Mundial; a palavra é, na realidade, um derivado regressivo do português forrobodó, 'baile popular', 'confusão', com abonação de 1899.]
Etimologiagr. etumología,as 'id.', conexo com etulogéó 'analisar uma palavra e encontrar a sua origem', pelo lat. etymologìa,ae 'id.'; ver étimo e -logia; f.hist. sXIV Etimollisyas, sXV ethemologia, sXV ethemollagia
POR QUE ME INTERESSO NA DATAÇÃO DE PALAVRAS COM SEM-
No âmbito da Lexicologia, a datação é uma indicação da data (milênio, século, meio século, quartel do século, década, lustro, e até, em casos especiais, dia/mês/ano) em que uma palavra (afixo, raiz, locução, acepção etc.) aparece pela primeira vez documentada por escrito
[A datação pode, não raro, ser aproximativa (baseada em elementos cognatos ou induzida por datação em língua afim), caso em que é provisória, para ser posteriormente antecipada, confirmada ou postergada por provas documentais.]
SINE EM PROVÉRBIOS LATINOS
Sine actore non erit reus
Sem autor não haverá réu.
Sine actore non erit reus.
Sem autor, não haverá réu.
Sine Auctore Non Erit Reus
Sem autor não haverá réus.
Sine auctore non erit reus.
Sem autor não haverá réus.
Sine capite fabula
História sem pé nem cabeça.
Sine Causa
Sem ação; sem causa.
Sine causa nulla obligatio
Sem causa não há obrigação.
Sine causa.
Sem ação; sem causa.
Sine connubio
Sem conúbio.
Sine cura
Sem preocupações.
Sine dia.
Sem dia.
Sine die
Sem fixar dia certo.
Sine dolo adulterium non committitur.
Não se comete adulério sem dolo.
Sine dubio
Sem dúvida.
Sine fide
Sem fé.
Sine fine
Sem fim.
Sine gemma
sem pedra.
Sine heredis institutione nihil in testa
Sem a instituição de herdeiro, nada vale do que está escrito no testamento.
Sine ira et studio
Sem rancor nem parcialidade.
Sine ira et studio.
Sem afeição e sem ódio.
Sine iure
Sem Direito.
Sine lege
Sem lei; desordem.
Sine lure.
Sem direito.
Sine maleficio
Sem dano.
Sine nomine vulgus
Multidão anônima.
Sine pace mea
Sem minha permissão.
Sine possessione usucapio contingere non
Não pode acontecer o usucapião sem a posse.
Sine praetio nulla venditio est.
Sem preço não há venda.
Sine pretio nulla venditio est
Sem preço não há venda.
Sine quan non
Sem a qual não.
Sine scripturis valet quod actum est, si
É válido o que se contratou sem escrituras.
Sine talione
Sem castigo, sem pena.
Sine temporis praedefinitione
Sem determinação de tempo.
Sine teste
Sem testemunha.
Sinendi modo
SEM- VEM DO LATIM SINE-
Trata-se de um prefixo culto cuja origem é da preposição latina sine 'sem';
Sine- ocorre nos vocábulos:
sinecura, sinecurismo, sinecurista, sinecurístico, do sXIX em diante;
Sine-, pois, tem como equivalente vernacular sem-.
AS REGRAS ORTOGRÁFICAS DE RECÉM- SERVEM PARA SEM-
O recém- é um elemento de composição antepositivo, f.apoc. de recente, do lat. rècens,entis 'ocorrido há pouco'; aparece em compostos do sXIX em diante, como recém-achado, recém-nascido, recém-formado, recém-vindo, sempre ligado com hífen à pal. prefixada
AS REGRAS ORTOGRÁFICAS DE AQUÉM- SERVEM PARA ALÉM-
Vejamos sobre o emprego do hífem em AQUÉM-:
Trata-se do prefixo do adv. aquém (ver), com alguma representação na toponímia port., está presente em alguns advérbios, às vezes substv. ou apositivamente empregados (como se fossem adj. de dois gêneros e dois números), ger. modernos e contrastantes com as f. de além- (ver): aquém-fronteira(s), aquém-mar, aquém-oceano, aquém-pireneus etc.; ver cis-
AS REGRAS ORTOGRÁFICAS PARA O PREFIXO ALÉM- SERVEM PARA O SEM-
Além é um prefixo do adverbio além (ver), com forte representação na toponímia port. (já como pref., Alentejo, já como comp., Além da Ponte), está presente em advérbios (às vezes substv. tb.) de épocas várias (com tendência à esterilidade, por estar sendo superado por trans- e ultra-): além-atlântico, além-eras, além-fronteira(s), além-mar, além-mundo, além-túmulo; opõe-se a aquém-.
O QUE SE DIZ PARA O ELEMENTO DE COMPOSIÇÃO NÃO- SERVE TAMBÉM PARA O SEM-?
Cremos que sim.
Sobre o não-: Assim como o sem-, o não- é elemento de composição antepositivo, seguido de hífen; Gonçalves Viana (1931) só registra não-filho s.m. e não-me-deixes s.m. 'planta ornamental'; Rebelo Gonçalves (1956) registra nove voc. com essa form., todos subst. masc., o V.O. (1981) registra mais de 50 voc. com essa form., incluindo subst. masc., subst. fem. e adj.; a explosão, em port., dessa averbação é seguramente provinda da prática que está modernamente ocorrendo (depois de 1945) em fr. e ing., em que o el. non é vivido como pref. lat., sem conexão semântica e morfológica com os recursos de negação das línguas em causa; a rigor, em port., 'um tratado de não agressão com a Argentina' ou 'um tratado de não-agressão com a Argentina', 'o gênero não animado em latim arcaico' ou 'o gênero não-animado em latim arcaico' e quejandos demandam dificilmente a compactação morfológica do hífen por motivos funcionais ou semânticos; tal compactação parece mais acentuada no modelo não + subst. do que no modelo não + adj.; por outro lado, no modelo não + verbo ela praticamente inexiste; de qualquer modo, a questão parece mais estilística do que gramatical; é dentro dessa carência de delimitação que o usuário da língua port. (e seus lexicógrafos) tem que compadecer-se com sua convenção ortográfica; na prática, assim, há larga margem de decisão pessoal, de sabor especialmente estilístico, entre um objeto e um não objeto ou um não-objeto, entre uma coisa e uma não coisa ou uma não-coisa, em suma, entre um substantivo x e um não x ou um não-x; o que se diz, aí, de um subst. da língua, diz-se de todos e tb. de adj. (é um feliz achado, é um não feliz achado e é um não-feliz achado); generalize-se para com as demais partes do discurso, ver-se-á que a mentação moderna pede mesmo essa matização conceptual, que a enriquece, por certo; p.ex., entre valorização e desvalorização, há matizações semânticas exprimíveis por valorização:não valorização:não-valorização:não-desvalorização:não desvalorização:desvalorização (sem contar com usos quantificadores outros, com sem e quase - com individualidade de pal. dicionárias e assim com hífen ou sem hífen - e com palavras prefixos - sem tal individualidade - do tipo supra-, infra-, super-, infer-, mini-, midi-, maxi-, semi-, hemi-, multi-, pluri- etc.); o usuário é árbitro para fixar-se em a não desvalorização e a não-desvalorização; o lexicógrafo, porém, não se sentirá compelido a dar tratamento de verbete autônomo a cada ocorrência desse tipo.
No novo Acordo Ortográfico, há uma omissão quando ao emprego do não-, o que nos leva a postular o mesmo o caso do SEM-
SEM- APARECE EM PALAVRAS COMUM-DE-DOIS
O que significa comum-de-dois:
Gramaticalmente, é o substantivo que se aplica geralmente a pessoas e é invariável na forma, mas cujos determinantes (artigos, pronomes, adjetivos etc.) concordam com o sexo do referente (p.ex., o estudante, a estudante)
Diz-se de ou substantivo, referente a seres sexuados, que tem a mesma forma para o feminino e para o masculino, fazendo-se a distinção pela flexão de gênero do artigo, pronome ou adjetivo (p.ex.: o colega/ a colega; um jovem/ uma jovem; bom dentista/ boa dentista) [abrev.: 2g.]Obs.: cf. epiceno e sobrecomum Sinônimoscomo adj.: de dois gênerosGramáticapl.: comuns-de-dois
O EMPREGO DE SEM- EM COMPOSTOS COM HÍFEN
Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem:
além-Atlântico, além-mar, além-fronteiras;
aquém-mar, aquém-Pirenéus;
recém-casado, recém-nascido;
sem-cerimônia, sem-número, sem-vergonha.
(Caso 5º da Base XV - Do hífen em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares, no Acordo Ortográfico - Decreto nº 6.583, de 29 de setembro de 2008 em que promulga o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990)
NÃO CONFUNDIR SEM-, ELEMENTO MÓRFICO COM SEM, PREPOSIÇÃO
A preposição SEM é datada do século III
SEM, preposição, tem os seguintes empregos:
( 1 ) - relaciona por subordinação e indica:
1.1 ausência, privação, falta
Ex.:
1.2 concessão ou ausência de condição necessária
Ex.:
1.3 exceção Ex.: foi a turma toda, s. uma meia dúzia
Sua etimologia: SEM é uma preposição de origem latim sine, exprime idéias de 'falta, privação, exclusão, ausência, condição, exceção'; esses diversos sentidos são valores contextuais da prep. sem que, como el. estruturador, precede um determinante (voc. snt. oração) e o relaciona a um determinado (voc., snt., oração), para definir entre os el. interrelacionados, as noções de ausência, subtração, exclusão; quando o determinante é uma oração, define noções negativo-modais, condicionais, concessivas;
no lat. a prep. sine rege abl.; f.hist. sXIII sen, sXIV se, sXIV sem, sXIV ssem
Antônimos
com
Homônimos
cem(num. e s.m.)
SEM, preposição, tem os seguintes empregos:
( 1 ) - relaciona por subordinação e indica:
1.1 ausência, privação, falta
Ex.:
1.2 concessão ou ausência de condição necessária
Ex.:
1.3 exceção Ex.: foi a turma toda, s. uma meia dúzia
Sua etimologia: SEM é uma preposição de origem latim sine, exprime idéias de 'falta, privação, exclusão, ausência, condição, exceção'; esses diversos sentidos são valores contextuais da prep. sem que, como el. estruturador, precede um determinante (voc. snt. oração) e o relaciona a um determinado (voc., snt., oração), para definir entre os el. interrelacionados, as noções de ausência, subtração, exclusão; quando o determinante é uma oração, define noções negativo-modais, condicionais, concessivas;
no lat. a prep. sine rege abl.; f.hist. sXIII sen, sXIV se, sXIV sem, sXIV ssem
Antônimos
com
Homônimos
cem(num. e s.m.)
SEM- É UM ELEMENTO DE COMPOSIÇÃO
e. de composição Rubrica:
No campo da Lingüística, refere-se a um morfema, sem existência autônoma na língua, usado como formante de palavras (p.ex., voc-, -´voco, -stol-, estol(o)-, pod(o)-, -peba, -pode).
Sem- é também chamado elemento mórfico
No campo da Lingüística, refere-se a um morfema, sem existência autônoma na língua, usado como formante de palavras (p.ex., voc-, -´voco, -stol-, estol(o)-, pod(o)-, -peba, -pode).
Sem- é também chamado elemento mórfico
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Quem sou eu
- Professor Vicente Martins (UVA, Sobral, Ceará, Brasil)
- O professor Vicente Martins é mestre em política educacional (com objeto de estudo em legislação educacional) pela UFC. A partir de 1994, ao ingressar na UVA, em Sobral, passa a dedicar-se às questões de linguagem e suas dificuldades, objeto de interesse acadêmico e de atuação docente. Com o aval da Academia brasileira de Letras, cria a dislexiologia.O termo dislexiologia, criado, em 2001, pelo Professor Vicente Martins (UVA, Sobral, Ceará), refere-se ao ramo da Psicolingüística que trata dos estudos de dislexiologia, isto é, ciência que estuda as dificuldades de aprendizagem relacionadas com a leitura(dislexia), escrita(disgrafia) e ortografia(disortografia). Atualmente, na UVA, em Sobral, ensina Lingüística, Leitura e Escrita e Prática de Pesquisa em Dislexia.Em 2008, o professor Vicente Martins, atendendo convite do Ministério da Educação (MEC), passou a integrar, em Brasília, o Grupo de Trabalho - Transtornos Funcionais Específicos das Secretarias de educação Básica (SEB) e de Educação Especial (SEESP), com a missão de realizar estudos e definir diretrizes voltadas para a escolarização dos alunos com dificuldades em leitura, escrita e ortografia.
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